sexta-feira, 28 de outubro de 2011

II JORNADA DE FILOSOFIA DA FPA (CAPANEMA / PARÁ) - DA FILOSOFIA AO MUNDO DA VIDA: PRÁTICAS, LINGUAGENS E SABERES

A II Jornada de Filosofia da Faculdade Pan Americana (Capanema/Pará) terá como tema central a interface da Filosofia com o mundo da vida, isto é, a interface do pensamento filosófico com as dimensões ética-moral, política, jurídica, educacional (formativa) e lingüística (comunicativa) da existência. Neste sentido, trabalhar-se-á com questões interdisciplinares e transversais que impliquem na passagem Da Filosofia ao Mundo da Vida, destacando-se Práticas, Linguagens & Saberes (locais e regionais) como objetos de investigação da razão que, na medida em que se volta para a ação, tenta cotejar o real com o ideal, na medida em que é possível se pensar crítica e reflexivamente a realidade humana vivida.




DATAS
ATIVIDADES

03/10/2011 a 20/11/2011


Período de Inscrição

02/12/2011 a 03/12/2011


II Jornada de Filosofia da FPA

domingo, 28 de agosto de 2011

Os desafios da educação do campo na Amazônia

Venha participar do IV Fórum de Pedagogia da Faculdade Pan Americana (FPA/Capanema - Pará)

Os desafios da educação da campo na Amazônia

23, 24, 25 de setembro de 2011



sexta-feira, 27 de maio de 2011

I SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FACULDADE PAN AMERICANA

Estamos divulgando o I Seminário de Pesquisa e Extensão da Faculdade Pan Americana. Este Seminário tem como tema específico: A produção do conhecimento científico no contexto acadêmico da FPA. Esperamos que todos gostem da proposta e participem. As incrições já estão abertas e podem ser feitas na Secretaria da Faculdade com a Professora Carla Nascimento. Maiores informações: 3462-4548.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

A História da Estrada de Ferro de Bragança



O discurso encontrado em textos sobre a Amazônia ressalta o tamanho, a grandeza, o imensurável, com os quais se obscurece e se mistifica sua impenetrabilidade, a dificuldade de conhecê-la e compreendê-la. Essa ênfase favorece a proliferação de equívocos, tanto aqueles que subestimam estas características e a importância da especificidade e da diversidade regional, quanto aqueles que as transformam em obstáculos intransponíveis. Ambos os extremos devem ser eliminados da explicação com a qual se aborda a região, quando se procede a uma explicação que visa subsidiar as ações para seu desenvolvimento social.
A área em que se localiza hoje o município de Bragança era habitada pelos índios Apotiangas, da nação Tupinambás, onde existiam várias tribos que povoavam as margens do rio Caeté - por isso também eram conhecidos como índios Caeteuras (ARQUIVO, 1880). Segundo Enciclopédia (1957), foram os franceses da expedição de Lavardière os primeiros europeus a conhecerem a terra dos índios Caeteuras em oito de julho de 1613. Segundo Saraiva (et ali, 1998), a recepção dos índios aos franceses, foi favorável ao visitante, tanto é que franceses procuraram homenageá-los, dando o nome de BENQUERENÇA, a nova terra, que significa: índios Caetés BEM QUISERAM os franceses. Porém, em 1616, a expedição portuguesa comandada por Pedro Teixeira, a qual levava a notícia a Jerônimo de Albuquerque, no Maranhão, da fundação de Belém, passou pelas terras onde hoje se situa o município de Bragança, reconhecendo um forte guardado por franceses numa aldeia indígena (ARQUIVO, 1898). Em Bragança, a Lei Municipal de sete de julho de 1978, reconhece a data de 08 de julho de 1613, como a homenagem à chegada dos primeiros brancos nobres em Bragança, sendo a datação do Feriado Municipal da Fundação de Bragança, ou seja, Bragança é o povoado mais antigo do Pará, quando considerada a fundação inicial pelos franceses, formado dois anos antes da fundação de Belém (pelos portugueses), atualmente com 398 anos.
Segundo dados de Arquivo (1701), o espanhol Álvaro de Sousa recebeu da corte de Madri, as terras doadas por Felipe III da Espanha, por carta em 09 de fevereiro de 1622, entre Tury-açu e Caeté, com 20 léguas ao fundo para o continente, onde procurou desenvolver sua capitania, fundando ao lado direito do rio Caeté, o povoado com o nome de Sousa do Caeté, expulsando os franceses da região, o qual constituiu a origem do município. Após sete anos de sua fundação, a área foi abandonada e transferida para a situação atual da cidade de Bragança, localizada a três km acima de Sousa do Caeté e à margem esquerda daquele mesmo rio, ao lado de uma aldeia indígena. A vila de Sousa do Caeté cresceu para a área alta, onde vários prédios colônias foram construídos, enquanto a aldeia indígena dos caeteuaras desapareceu, surgindo o bairro da aldeia, sem prédios imponentes do período colonial, e mais tarde refugio para os negros.


Foto 01. Cruz Cópita, símbolo do Império Português: homenagem na primeira situação da fundação de Sousa do Caeté em 1634. (2005).

Os negros foram trazidos para Bragança inicialmente por Álvaro de Sousa, donatário de parte da Capitania do Gurupi e Caeté. Poucas são as evidencias concretas que retratam exclusivamente a questão do negro em Bragança, a não ser nos costumes culturais. Saraiva (et ell, 1998) pesquisou nas comunidades remascentes de Quilombo, mas pouco se encontrou, apenas as reconstituições a partir da história oral e do estudo de memória dos anciões nas comunidades de Sereno e Itamoari, legitimas remascentes de quilombos e na vila de Caratateua, onde fundou-se uma fazenda de engenho de açúcar.
Os negros residiam em barracos construídos nos quintais de seus senhores e tinham como responsáveis um feitor. Eram devotos de São Benedito e todos os anos no mês de dezembro, no período de 10 a 27, ficavam de folga, esperando o dia para o plantio nas fazendas dos senhores, o que acontecia logo nas primeiras chuvas. Nesse período, construíram um barracão e a Igreja de São Benedito para suas homenagens ao Santo Preto e, o lado da Igreja, era tudo enfeitado onde apresentavam a ladainha e muitas diversões com danças. No ano de 1798, com consentimento de seus senhores, fundaram a Irmandade do Glorioso São Benedito. Os negros, em agradecimento, dançaram em frente às casas dos seus senhores, surgindo, assim, a Marujada de Bragança.
Na primeira metade de do século XIX, a Vila de Bragança era um dos maiores núcleos populacionais do Estado do Pará. Na segunda metade desse mesmo século, o avanço da industrialização europeia fez crescer a importância de uma matéria-prima tipicamente amazônica: a borracha. Para abastecer a população que se dedicava aos seringais, a roça da mandioca de Bragança foi muito importante nesse contexto, pois em Bragança não tinham seringueiras (FILHO, 1999).
A expansão da demanda no período foi de tal monta que a produção agrícola em torno de Bragança era insuficiente para respondê-la, conjugadas com as dificuldades de comunicação e transporte entre Belém e Bragança, que era bastante difícil, pois o percurso entre as duas localidades levava de seis a oito dias. Nos relatórios do Arquivo (1910), entre 1875 e 1908, o Governo Provincial e Federal financiaram a construção da Estrada de Ferro de Bragança. Entretanto a instabilidade e a fragilidade da economia regional, dependente dos fluxos de exportação da borracha refletiram-se na própria construção da estrada que durou 25 anos (1883 a 1908) para cobrir pouco mais de 200 km.

Foto 03. Trem da Estrada de Ferro de Bragança passando por sobre a ponte do rio Apeú, Castanhal Pará.

Em 1885, a estrada de ferro, em sua construção, atingia o povoado do Apeú, hoje Distrito de Castanhal. Logo após, a obra foi suspensa pelo governo da Província, devido a mesma não produzir rendimento econômico suficiente. No dia 13 de dezembro de 1886, o governo da Província, através da Lei n.º 1.292, resolveu encampar a Estrada de Ferro de Bragança. Quando a estrada foi concluída, o ciclo da borracha começava a declinar. Com o declínio da borracha, na segunda década do século XX, o governo estadual tinha crescentes dificuldades em manter os núcleos agrícolas. Aliado aos ciclos periódicos da seca e às condições precárias da colônia, os migrantes abandonavam a região.
A estrada de ferro teve uma atuação importante no desenvolvimento de Bragança e suas redondezas. A estrada viabilizou a construção de pequenos núcleos populacionais em sua margem, como os de Quatipuru-mirim (Capanema), Castanhal, Santa Isabel e Marituba, embora tenha influenciado pouco na produção agrícola.


REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL. Departamento de documentos históricos. Bragança, Prefeitura Municipal de Bragança. 1701, 789 p.
ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL. Departamento de documentos históricos. Bragança, Prefeitura Municipal de Bragança. 1880, 789 p.
ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL. Departamento de documentos históricos. Bragança, Prefeitura Municipal de Bragança. 1901, 789 p.
ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL. Departamento de documentos históricos. Bragança, Prefeitura Municipal de Bragança. 1935, 789 p.
ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL. Departamento de documentos históricos. Bragança, Prefeitura Municipal de Bragança. 1910, 789 p.
CONCEIÇÃO. A. M. Viagem do Trem do Passado: história da estrada de ferro de Bragança. Trabalho de Conclusão de Curso. Bragança: UFPA, Curso de História, 1996 (Não Publicado).
ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS. Rio de Janeiro. IBGE, 1957. 14v.
PORRO, A. Os povos indígenas da Amazônia à chegada dos europeus. In HOORNAERT, E (org.). História da Igreja na Amazônia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992. 11-48 p.
REIS, A C.F. A Amazônia e a cobiça internacional. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; SUFRAMA, 1982. 79 p.
SARAIRA, R. M et ali. A conquista da cidadania negra em Bragança. Trabalho de conclusão de Curso. Bragança: UFPA, curso de Pedagogia, 1998 (não publicado).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Aristóteles e a ética da vontade




            A disciplina filosófica denominada Ética tem com os esforços sistematizantes de Aristóteles a sua delimitação, prioritariamente no que se refere à especificação de seu objeto, bem como de seu método de investigação[1].
            Neste sentido, é possível afirmar que a originalidade característica do pensamento filosófico de Aristóteles deve-se, fundamentalmente, ao modo através do qual desenvolveu suas reflexões – tanto no que concerne à realidade natural, quanto no que diz respeito à realidade humana.
            Embora não tenha sido o primeiro a considerar reflexivamente a moralidade (no sentido próprio da eticidade) como um objeto de análise investigativa – particularmente no que diz respeito à especulação filosófica –, Aristóteles foi o único que – no transcurso genealógico da história do pensamento filosófico grego – chegou a nos oferecer um tratado de ética destacado de temas ontológicos e epistemológicos[2].
              O próprio Aristóteles (no Livro I da Metafísica[3]) assinala rapidamente que Sócrates, por exemplo, também se ocupou com as questões morais... Ao que tudo indica, o ponto central das investigações do velho Sócrates baseava-se na preocupação em determinar o conhecimento essencial da verdade, sem o qual não se agiria corretamente... Aplicando, “pela primeira vez”, o pensamento às definições, a filosofia socrática inaugura o repertório discursivo acerca da moralidade.
Ainda nesta mesma passagem de sua Metafísica, o sábio Aristóteles (prosseguindo em suas observações) nos diz que, acatando a doutrina de Sócrates, o filósofo Platão defendeu que o problema da investigação dos fundamentos de toda a realidade [seja humana, seja natural] “(...) não podia versar sobre qualquer coisa sensível, uma vez que estas mudavam constantemente.[4]
Logo, muito embora o alvo de Aristóteles na sua Metafísica não seja, precisamente, a delimitação [historiográfica] da problemática moral – e sim definir o conhecimento das primeiras causas e dos primeiros princípios de todas as coisas[5] –, a referência a Sócrates e a Platão não é descabida.
Ora, sabe-se muito bem que a filosofia socrático-platônica vinculava, indistintamente, a especulação teórica e a reflexão ético-moral, supondo-lhes, finalmente, uma comunidade recíproca e originária.
Deste modo, portanto, Sócrates e Platão imputavam um valor de verdade e, também, de exatidão matemática ao conjunto dos valores moralmente aceitáveis – os quais, segundo Aristóteles, não existem por natureza; mas sim por convenção[6]. 
Em seu diálogo intitulado A República (e, portanto, bem antes de Aristóteles e de sua Ética a Nicômaco), Platão atribui, simultaneamente, à questão da justiça – relativamente à natureza do poder – um caráter prático-moral e epistemológico[7].
Segundo comentário de Benedito Nunes:
Desde a Antiguidade, o extraordinário prestígio de A República sempre esteve associado ao fascínio de seu plano do Estado  justo – da Cidade ou politeia, regida pelo ideal de Justiça – que proliferou, antes de chegar até nós pela via generosa do humanismo renascentista, dos estóicos na época helenística a Plotino na decadência do Império Romano. Estudada no Renascimento como fonte do pensamento moral e político da Antiguidade clássica, A República tornou-se por obra dos humanistas, a venerável utopia, modelo da Amaurotas, de Thomas Morus, e da Cidade do Sol, de Campanella. No entanto, a sua vasta formulação histórica correu à conta de um fenômeno bem mais extensivo e profundo: o pensamento mesmo de Platão, que trabalhou os alicerces metafísicos da cultura Ocidental. [8]

Portanto, neste texto [de A República] – pertencente à “maturidade”[9] da produção filosófica e intelectual de Platão – verifica-se um tratamento indiferenciado quanto ao uso da razão na sophia e na phrónesis[10].
Indissoluvelmente ligado a uma ontologia fundamental que – tanto do ponto de vista do interesse teórico, quanto do ponto de vista do interesse prático da razão –, identificava poder e a justiça, A República é uma obra central no pensamento de Platão, dando-nos uma visão retrospectiva e prospectiva de sua filosofia[11].
O Sistema Platônico das Formas Ideais baseava-se, absolutamente, na representação intelectual do Bem, o qual, por sua vez, constituía-se, de acordo com Platão, na origem do ser, da realidade, do conhecimento e da verdade, afigurando-se, também, em uma matriz diretora de nossas ações intersubjetivas e políticas[12].
Porém, qual a posição de Aristóteles em face do legado de seus antecessores, prioritariamente no que respeita às formulações próprias do dever ser da ação moral?
Émile Bréhier afirma que:
Todo o pensamento platônico repousava sobre a união perfeitamente íntima entre a vida intelectual, moral e política: a filosofia mediante o conhecimento, alcança a virtude e a capacidade de governar a cidade. Tudo isso se dissocia em Aristóteles. O bem moral ou prático, isto é, aquele que o homem pode alcançar por suas ações nada tem a ver com a idéia do Bem que a dialética situava na cúspide dos seres.[13]

Hans-George Gadamer[14] nos diz que o posicionamento de Aristóteles, diante à herança socrático-platônica, não se configura numa simples continuidade, pois a suposição de uma moral deduzida exclusivamente do intelecto é recusada veementemente por Aristóteles. Logo, estabelecendo a distinção entre os pressupostos fundamentais do saber teorético e do saber prático, Aristóteles distingue a ciência e a arte, inaugurando, pois, uma nova tradição, no que concerne ao uso da razão no campo da ética.



[1]Kant – no “Prólogo” de sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes – diz que a divisão da antiga filosofia grega em três ciências (física, ética e lógica) encontrava-se perfeitamente adequada à natureza das coisas – não havendo nada o que corrigir. Portanto, a lógica – segundo a definição do filósofo – é um conhecimento racional formal que se ocupa unicamente da estrutura do pensar (em geral), sem distinção de qualquer objeto. Diferentemente, porém, física e ética são os dois conhecimentos materiais da razão e que se ocupam de objetos, os quais – de acordo com o pensador – acham-se ou submetidos às leis da natureza (como no caso da física), ou submetidos às leis da liberdade (como no caso da ética).
[2]Cf. Gadamer. “Conferência 4: O problema hermenêutico e a ética de Aristóteles”, p. 47. In: FRUCHON, Pierre (org.).O Problema da Consciência Histórica. Trad. de  Paulo César Duque Estrada. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas Editora, 1998.
3Metafísica. L. I, 6  987b 5.  
[4]Idem. Ibdem.
[5]Idem. I, 1  981b 25-30.
[6]Aristóteles. Ética a Nicômaco; L I, 3.
[7]A República – ou: sobre a Justiça. Gênero Político. Introdução; I, p. 1 – 3º Ed., UFPa.
[8]Idem. Ibdem.
[9]Ao redigir o texto deste seu diálogo, Platão já se achava – consoante às palavras de Benedito Nunes – “(...) no meio do caminho da vida – de uma vida sem outra expressão biográfica senão a própria atividade intelectual que desenvolveu como chefe de escola – a Academia, fundada após a primeira viagem do filósofo à Sicília, em 387 a.C. – e como escritor excepcional e tenaz.” (Idem. Introdução; I, p. 2 – 3º Ed., UFPa). Assim, consoante aos quatro períodos em que se costuma agrupar os diálogos de Platão, quais sejam: juventude, transição, maturidade e última florescência –, o professo Benedito Nunes diz que: “A República situa-se, portanto, já dentro do período de maturidade, ao qual pertencem o Fedro, além do Crátilo e do Eutidemo, mas só apareceu no final desta fase, depois do Fedão e do Banquete, e antes da última florescência, que nos deu, a começar do Parmênides, a série dos diálogos da velhice, que finda com Leis.” (Idem. Introdução; I, p. 3 – 3º Ed., UFPa).
[10]Respectivamente, sabedoria teórica e sabedoria prática (esta com referência à ação moral, em oposição ao saber artístico, técnico).
11Idem. Introdução; I, p. 3 – 3º Ed., UFPa.
12Cf. A República. L VI – VII.
[13]Émile Bréhier. História da Filosofia; Trad. de Eduardo Sucupira Filho, Capítulo IV,  pp. 190-191. São Paulo, Editora Mestre Jou, 1977.
[14]Gadamer. “Conferência 4: O problema hermenêutico e a ética de Aristóteles”, p. 47. In: FRUCHON, Pierre (org.). O Problema da Consciência Histórica. Trad. de  Paulo César Duque Estrada. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas Editora, 1998.

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz dia das Mães!!!

A equipe do trilhasfpa e demais professores (as), funcionários (as) e alunos (as) da FPA deseja a tod@s um FELIZ DIA DAS MÃES!!!


Afinal, o modelo arquetípico do amor e do cuidado maternos é constitutivo da cultura ocidental e a partir dele estruturam-se todos os sentimentos e a própria personalidade do indivíduo, particularmente no que diz respeito ao modo como percebemos o outro, mediante nossas demandas e necessidades subjetivas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

ENTREVISTA

Sobre tecnologias e educação...




Durante o mês de maio, o Profº. Michel de Vilhena Ferreira, pedagogo e psicólogo, especializando em “Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior” (ESAB/FABEL), ministrará a disciplina “Tecnologias e Recursos Pedagógicos” para a Turma de Graduação em Pedagogia 015. O trilhasfpa conversou com o Professor e procurou entender como se dá a relação entre as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação e a formação profissional para o exercício da cidadania:


Trilhasfpa: Professor Michel, o senhor é pedagogo e psicólogo. Como o senhor relaciona essas duas formações?

Professor Michel: A Psicologia é uma das disciplinas que fundamenta e instrumentaliza teórico-metodologicamente a atuação na educação. As técnicas e procedimentos das diversas abordagens psicológicas, muito longe de objetivos, concretos e pragmáticos, possibilitam operar significativamente na dinâmica simbólica subjetiva, dos sujeitos, grupos, organizações e instituições. Na educação e no ensino isso tem uma aplicabilidade incrível. O instigante é que só o psicólogo percebe os seus efeitos imediatos nas suas intervenções nos processos de subjetivação.

Trilhasfpa: Como o senhor entende a prática docente?

Professor Michel: Penso a prática docente com um trabalho. A prática docente precisa ser pensada, estruturada, organizada, operacionalizada e executada como um trabalho. Um trabalho como outro qualquer que precisa de priorização no planejamento de ações, objetivos e procedimentos. Com uma diferença, é claro, o objeto desse trabalho é abstrato. É a formação humana, é o desenvolvimento do potencial humano. Por isso requer maneiras diferenciadas de lidar com ele. Nisso a psicologia me auxilia muito.

Trilhasfpa: Que trabalho o senhor vem desenvolvendo com seus alunos em sala de aula, no sentido de fazê-los perceber a importância da educação para a cidadania?

Professor Michel: Quando ministro disciplinas que possibilitam uma abordagem e uma discussão mais crítica, tento fazer com que os alunos percebam a necessidade de autonomia e de auto-gestão de seus conhecimentos e de sua formação. Tento fazê-los praticar a autoanálise e o autoconceito, ou seja, a crítica da visão de si mesmo como sujeito, o treino da percepção que o aprendiz possui de sua própria educação, da relação de si consigo mesmo na mudança dos seus próprios processos internos de sua subjetividade e processos externos de construção social da realidade.

Trilhas: Como o senhor conduzirá a disciplina de “Tecnologias” na turma de Pedagogia 015?

Professor Michel: O objetivo, a finalidade prioritária desse ensino é a inserção no debate dos efeitos das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC’s) nos processos de reestruração da produção econômica, social e cultual contemporâneas. Vivemos em um momento sensível de transição em que os efeitos e consequências da utilização desses recursos no mundo do trabalho e das relações não tem precedentes na história, como nenhuma outra tecnologia da inteligência. Isso deve ser debatido com urgência na área da educação.

Um leve toque de Sophia...



A Escola de Atenas, de Rafael (1506-1510)

É muito comum estudantes e professores de Filosofia serem questionados acerca da natureza e dos propósitos da mesma. Se, por um lado, todos imaginam saber qual o escopo do ensino das Letras, qual a importância do ensino da Matemática, qual o caráter do ensino da Física, qual o interesse do ensino da Química, qual a necessidade do estudo da Biologia, da História e da Geografia, pouquíssimos são aqueles que reconhecem a legitimidade da Filosofia e sua verdadeira contrapartida. No entanto, antes de prosseguir, é mister observar que Filosofia não é, sobremaneira, argumento de religião – embora possa fundamentar a Teologia enquanto uma possibilidade ou tentativa de compreender lógica e racionalmente o “fenômeno” divino. Porém, diga-se, a Filosofia pensa Deus e não simplesmente o aceita. Emerge, aqui, então, uma primeira distinção: enquanto as doutrinas religiosas estruturam-se mediante a experiência (muitas vezes mística!) da fé, a Filosofia estrutura-se a partir da razão.
 Nestes termos, a Filosofia constitui um campo do conhecimento e não um postulado ou corolário de dogmas que devem ser observados, sob pena do crente ou fiel ser punido, castigado ou até mesmo execrado. A diferença entre Filosofia e religião é, portanto, uma das notas preliminares que devem ser consideradas, haja vista confundirem-se a seriedade teórico-epistêmica da postura do filósofo com a austeridade ascética do cristão empedernido. Todavia, pode-se objetar este argumento contrastivo, destacando-se que, assim como a religião, a Filosofia está preocupada com as questões fundamentais da existência. Porém, deve-se advertir que, quando a racionalidade filosófica perscruta a origem (arké) e o télos (fim), ela o faz com vistas no mundo dos homens e não em um suprassensível para além das estrelas...
Pois muito que bem, se a Filosofia é conhecimento racional, qual a diferença dela em relação à Ciência que também se utiliza da racionalidade como parâmetro estruturante do saber? Ora, tanto a Filosofia, quanto a Ciência buscam as causas das coisas. Efetivamente falando, só se pode conhecer filosófica e/ou cientificamente o mundo e/ou a realidade (física ou humana/social) mediante a investigação sistemática, regular e coerente das causas. É, justamente, por isso que tanto a Filosofia, quanto a Ciência diferem do senso comum, porquanto ambas não aceitam passivamente, isto é, sem análise crítica, as superstições e preconceitos histórica e socialmente construídos. No entanto, na medida em que a Filosofia busca compreender a realidade a partir de um ponto de vista eminentemente teórico-especulativo, ela se caracteriza como um saber totalizante; ao passo que a Ciência delimita pontualmente seu objeto de estudo, investigando, a partir de métodos e técnicas (instrumentais), a realidade física (como no caso das ditas hard sciences, isto é, das chamadas “ciências duras”, tais como a Química, por exemplo) ou, ainda, a realidade humana e/ou social (cultural).
Se, como diz o adágio popular, “de médico e louco todo o mundo tem um pouco”, tenha-se plena certeza que cada um de nós, inequivocamente, é também um pouquinho de “filósofo”. Quando pretendemos “descobrir” quem somos – na acepção mais genuína do verbo ser; quando questionamos o sentido da vida; quando desconfiamos das certezas absolutas e, ainda, quando buscamos um entendimento do contexto histórico-social humano, já estamos a caminho de tudo aquilo que os grandes pensadores elaboraram. Todavia, deve-se ficar bem claro que a Filosofia não se confunde com a Psicologia e que ambas não tem nada a ver com autoajuda. Ora, a Psicologia é uma ciência que visa, mediante diversas abordagens, garantir ou restituir a integridade do indivíduo; já a Filosofia está muito mais interessada em fazer um uso teórico da razão do que propriamente promover o bem-estar psíquico. Em última instância, a Psicologia trata da subjetividade humana, ao passo que a Filosofia pergunta-se, como bem ensina Kant, “o que posso conhecer?”, “o que devo fazer?”, “o que posso esperar?” e “o que é o homem?”. Vê-se, assim, que a Filosofia difere da Psicologia e que nem uma e nem outra compactuam com a postura tacanha de “superação” de dificuldades propalada de modo vulgar pela literatura de autoajuda que graça nas estantes das livrarias que negociam verborreias infundadas como se fossem verdadeiras teorias.
Porém, de todas as confusões e impropérios que orbitam ao redor da Filosofia está o subproduto mais imediato da ignorância daqueles que desconhecem a matéria e a mediocridade daqueles que acreditam que sabem de tudo, qual seja, a ideia de que a razão filosofante confunde-se com a loucura inebriante. Ora, o questionamento incisivo e a crítica radical não devem ser confundidos com a inconsistência de um pensamento desarranjado e a incoerência de um juízo patologicamente afetado. Filosofia – repito – não é sinônimo de loucura – ao menos não necessariamente...! Mas, afinal, o que é Filosofia? Pois bem, a palavra “Filosofia” vem do grego e significa amor (filo, fila) à sabedoria (sophia). Dizia Pitágoras (570/571 a.C a 496/497 a.C) que os filósofos não são sábios, pois a sabedoria enquanto tal pertence aos deuses, de modo que aos humanos cabe apenas aspirá-la, amá-la. Nestes termos, o filósofo é o amante da sabedoria, o amigo do saber.  A Filosofia nasce no século VII a.C, entre os Jônios, na Cidade de Mileto, com Tales, desprendendo-se do interior das formulações mitopoéticas que, por sua vez, eram cantadas pelos poetas inspirados, homens tidos como sábios. Quando surge, portanto, a Filosofia opera uma verdadeira transformação na percepção total da realidade. O filósofo, ao contrário do poeta (aedo ou rapsodo), não é mais o sábio que detém o conhecimento dos sortilégios do mundo, e sim apenas um “investigador”.
No entanto, não basta dizer que a Filosofia é o “amor à sabedoria”, posto que o que caracteriza o esforço teórico do filósofo é, também, responder a esta pergunta, levando-se em conta as “aquisições” conceituais dos que o antecederam. Logo, se se disser que o filósofo busca a verdade, tem que se dispor que esta “verdade” é historicamente construída e só pode ser adquirida coletivamente. E, ainda, se se diz que verdade e realidade se confundem, é necessário, então, investigar os limites e possibilidades para o conhecimento das coisas, já que a Filosofia é um exercício racional de constante reflexão. Porém, se o filósofo deve, além de descrever as primeiras causas e os primeiros princípios que regem o conhecimento da realidade física, ele também tem que dar conta dos valores ético-morais que devem orientar a vida e a práxis política, da mesma forma que deve-se ocupar dos juízos de (bom) gosto que definem os limites entre arte e natureza.
Como diria Platão, a Filosofia é para poucos – e não adianta insistir quando não se tem uma espécie de “talento natural”. O número de filósofos no mundo, desde o surgimento da Filosofia na Grécia até os dias atuais, é infinitamente menor que a escala absoluta da população do globo. Excetuando-se, portanto, essa seleta de “livres-pensadores”, quem resta? Ora, restam apenas bons comentadores de Filosofia, professores e alunos (de Filosofia ou não), pessoas que ouviram dizer mas não conhecem, pessoas que desprezam totalmente e, ainda, pessoas que ignoram esta que é a “ciência da liberdade do espírito” – permitindo-me falar em “enigmas” como Hegel. Para concluir, se, como disse Kant, “não se aprende Filosofia, mas a Filosofar”, só tem sentido falar em um ensino de Filosofia em escolas e Faculdades se a preocupação inicial for com uma cultura da reflexão que possibilite uma atitude crítica diante das coisas do mundo e da cultura.


Benedicto philosophus in saeculum!...





No dia 27 de fevereiro de 2011, o filósofo paraense Benedito Nunes deixou este corpo humano e sensível para adentrar no plano “metafísico” da saudade. Nascido em Belém do Pará no dia 21 de novembro de 1929, Benedito Nunes ou, simplesmente, Bené – para os íntimos – dedicou sua vida à Filosofia e à Literatura, entendidas como verdadeiras “claves” hermenêuticas para  o entendimento do drama existencial humano. Fundador da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada à Universidade Federal do Pará (UFPA), o professor Benedito Nunes foi um exemplo de humildade e serenidade intelectual. Quem teve a oportunidade de assistir a uma das palestras que o filósofo vinha proferindo nestes últimos anos, era tomado de um orgulho inefável diante de um sábio que, deliberadamente, resolveu permanecer na “província” sem, contudo, abandonar o espírito cosmopolita e demasiadamente humano próprios de todos os que amam o saber...

domingo, 1 de maio de 2011

Sites de Associações e/ou Sociedades de Antropologia

ANTROPOLOGIA

Corrida de Tora dos Índios Kyikatêjê da Reserva Indígena Mãe Maria (Amazônia/Pará)

A quem interessar, descriminamos abaixo alguns sites de Associações e/ou Sociedades de Antropologia:

Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
http://www.abant.org.br/news/show/id/32

Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS)
http://www.sociologia.com.br

Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)
http://www.sabnet.com.br/

Reunião de Antropologia do Merco-sul (RAM)
http://www.ram2011.org/

Society for the Anthropology of Lowland South America (SALSA)
http://www.salsa-tipiti.org/index.html

Sobre o II Colóquio de Letras da FPA



Neste final de semana, a Faculdade Pan-Americana (Capanema/Pará) realizou, de 29 a 30/04/2011, o II Colóquio de Letras que trouxe como tema "Comunicação: Leitura e Escrita no Contexto Social". Durante o evento, professores/as e alunos/as da instituição e de outras Universidades tiveram a oportunidade de contatar com a realização de um evento que marca os passos do ensino superior privado e de qualidade da/na região nordeste do Estado. Um dos pontos altos do Colóquio foi o lançamento do Jornal "O Acadêmico", que, por sua vez, objetiva divulgar as atividades de pesquisa e extensão da FPA. Desta sorte, a primeira edição do Jornal contou com indicações de leitura, resumos de livros e filmes, notas de utilidade pública, artigos de professores/as e, ainda, com o resumo de uma entrevista feita com o reitor da Faculdade, Bispo D. Dirceu Milani, que falou da história e dos desafios que a FPA tende a superar. Portanto, aproveitando a ocasião da data deste novo mês que se inicia, o "trilhasfpa" parabeniza a todos/as os/as técnicos e funcionários da instituição pelo belíssimo resultado, congratulando-os/as pelo Dia do Trabalhador!

EDITORIAL, de "O Acadêmico"

EDITORIAL



“Os textos filosóficos” – a problemática da leitura no horizonte da formação de uma cultura da reflexão


A propósito do Colóquio de Letras da Faculdade Pan-Americana (Capanema/Pará) e, também, da primeira impressão/circulação do Jornal “O Acadêmico”, discutirei neste Editorial a importância da leitura para o que, nos horizontes da filosofia, costuma-se nomeadamente chamar de “formação de uma cultura da ou para a reflexão”; afinal: qual o télos (finalidade/escopo) de uma Graduação emfilosofia, senão justamente o exercício livre do pensamento tomado aqui como objeto de suas próprias preocupações?... A leitura, cito, a de textos filosóficos especialmente, é um certo tipo de órganon (modelo) representativo desta mesma formação, que apresenta o mesmo caráter fundamental da crítica.
Pode-se dizer que a metodologia específica, tanto de nossa prática docente, quanto de nossa aprendizagem (como discentes) – particularmente no que se refere à filosofia (enquanto disciplina eminentemente acadêmica), perpassa de todo em todo (enecessariamente!...) por uma relação direta quese deve ter com os textos filosóficos.Em outras palavras: a “frequentação” ao conjunto das obras dos grandes pensadoresé absolutamente indispensável, de vez que esta prática é a condição sinequanomde uma boa cultura filosófica. Logo, a base na qual se firma o grandioso edifício do saber filosofante não poderia seruma outrasenão ada leitura...
Indiscutivelmente, ler e, consequentemente, interpretar e escrever são uma das chaves-mestras da formação nos mais variados campos do universo epistêmico (científico), justificando-se, assim, o porquê da “razão filosófica” exigir-nos, reiteradamente, e muito mais do que nas outras disciplinas, a prática da leitura, diga-se, não apenas de comentadores, mas – e em primeiro lugar – de fontes originais.A metodologia específica da leitura dos textos filosóficos sob a forma de “uma filosofia de uma leitura filosófica” vai em direção à natureza da relação do estudante de filosofia com os textos filosóficos (deve ser muito bem conhecida).
Não se trata, portanto, de uma simples apropriação. Vê-se comumente que talento e boa vontade apenas não são suficientes, pois, um bom estudante ou um bom professor (ou comentador) de filosofia – caso queira tornar-se rigorosamente um “filósofo” (amante do saber) – não pode se furtar àquela tarefa de estudar/pesquisar laboriosamente as doutrinas.Este trabalho penoso – que, inicialmente se nos apresenta como uma tarefa ou missão difícil (mas nem um pouco impossível!), ou melhor, a “frequentação” direta e constante aos textos é, justamente, o vestíbulo para uma boa iniciação relativamente ao exercício crítico-reflexivo do pensamento filosófico.
Ler e interpretar um texto de filosofia implica “uma relação original”. E com isso se quer dizer que os “profissionais da área” têm a obrigação de “dominar” os termos técnicos próprios da seara filosófica, porquanto uma boa compreensão de um texto clássico (ou até mesmo contemporâneo), escrito por um livre pensador, requer um largo conhecimento da história da filosofia. Destarte, se nos iniciamos, ativamente, na reflexão mediante uma “visitação frequente” aos textos filosóficos, não constituiria despropósito investigar a natureza desta mesma leitura. Entretanto, devemos advertir que é imprescindível que se tenha, minimamente, uma visão panorâmica do transcurso da filosofia desde a sua origem até aos nossos dias.
Em termos de acúmulo de informação, o estudo historiográfico do pensamento humano não contribui em quase nada para o exercício de nossa racionalidade. Todavia, é por aí que se tem de começar. Antes, porém, cumpre observar que a história da filosofia, neste caso, deve ser filosoficamente considerada. Se nossas investigações acerca da matéria devem partir de uma história da razão, cito, dos gregos até o atual contexto da razão, disto resulta que, no referido itinerário, conseguiremos aprender a distinguir o que é o mais importante à nossa formação. Assim, a natureza da leitura de um texto filosófico é, numa rápida definição, atividade intelectual de pesquisa!...
Se, neste sentido, como se disse anteriormente, ler e interpretar um texto filosófico implica uma relação original, não se deve perder de vista o todo complexo dos problemas que historicamente são colocados pela sophia (sabedoria). Bem compreendido: a história da filosofia é importante, pois talvez ela nos ajude a interpretar melhor o projeto individual de cada filósofo, o qual tem de ser estudado na sua individualidade. Portanto, ler e pesquisar os textos-fontes, digo, prioritariamente os que se configuram como filosóficos, bem como buscar uma visão global do pensamento, tanto no que diz respeito a sua estrutura, quanto no se refere à sua história, são os pontos básicos mais elementares para transformar o conjunto das informações armazenadas em reflexão.Percorrer os argumentos de um filósofo é também pensar com ele, e isto nos põe já em condições de refletir; afinal, como bem disse Immanuel Kant: “não se aprende filosofia, mas a filosofar”...

[1]Wladirson Cardoso é Bacharel/Licenciado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia da Universidade Federal do Pará (IFCH/UFPA), Mestre em Direitos Humanos pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará (PPGD/UFPA), Doutorando em Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGA/UFPA) e Coordenador do Curso de Filosofia da Faculdade Pan-Americana (Capanema/Pará).



sábado, 16 de abril de 2011